

Gabriela Carneiro da Cunha
Gabriela Carneiro da Cunha é atriz, diretora e pesquisadora. Há 8 anos desenvolve o “Projeto Margens: sobre rios, buiúnas e vaga-lumes, uma pesquisa artística que se dedica a ouvir e ampliar o testemunho de rios brasileiros que vivem uma experiência de catástrofe. Os resultados são a peça “Guerrilhas ou pela terra não há desaparecidos” (2015), a performance “Altamira 2042”, estreada em 2019 no Festival Internacional de Teatro - MITsp, além de workshops, artigo e filmes.
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A artista foi contemplado com a Bolsa Faperj de Incentivo à Criação, Experimentação e Pesquisa Artística, além da Bolsa de Formação Artística Funarte, a Residência Oi Futuro Artsônica e a Fundação Príncipe Claus e o Instituto Goethe Respostas Culturais e Artísticas à Mudança Ambiental.
Gabriela já trabalhou com diretores como Ariane Mnouchkine, Georgette Fadel, Cibele Forjaz, Grace Passô, Eryk Rocha e Heitor Dhalia.
Altamira 2042

Altamira 2042 é uma instauração performativa criada a partir do testemunho do rio Xingu sobre a barragem de Belo Monte. Aqui todos falam através de um mesmo dispositivo techno-xamânico: caixas de som e pen drives. Cada caixa de som porta uma voz, humana e não-humana, escutada nas margens do rio Xingu. Uma polifonia de seres, línguas, sonoridades e perspectivas tomam o espaço para abrir a escuta do público para vozes que tantos tentam silenciar. É a partir desses sons, cantos e também imagens que a performer Gabriela Carneiro da Cunha articula, junto com o público, os diferentes momentos do trabalho: a abertura Rio y Rua, seguida por Dona Herondina, Seu Quebra Barragem e Aliendígena, onde a performer veste e apresenta as diferentes perspectivas desses três seres maquínicos-espirituais que protegem as águas e as matas e que tomam a palavra para mitologizar a História. Assim a Barragem de Belo Monte vai deixando de ser simplesmente uma obra para se tornar o mito do inimigo.
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Altamira 2042 estreou na MITsp em 2019. Desde então já se apresentou em diversos festivais, como Wiener Festwochen, Festival D'Automne, Kampnagel, Círculo Báltico, POA Em Cena, FTA, Holland Festival, PAFFF, Santarcangelo e muitos outros.
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Ficha Técnica:
Concepção e criação: Gabriela Carneiro da Cunha
Direção: Gabriela Carneiro da Cunha e Rio Xingu
Orientação de direção: Cibele Forjaz
Diretor assistente: João Marcelo Iglesias
Assistente de direção: Clara Mor e Jimmy Wong
Orientação da pesquisa e interlocução artística: Dinah de Oliveira e Sonia Sobral
“Tramaturgia”: Raimunda Gomes Da Silva, João Pereira da Silva, Povos Indígenas Araweté E Juruna, Bel Juruna, Eliane Brum, Antonia Mello, Mc Rodrigo - Poeta Marginal, Mc Fernando, Thaís Santi, Thaís Mantovanelli, Marcelo Salazar E Lariza
Tecnologia / Programação / Automação: Bruno Carneiro e Computadores Fazem Arte.
Criação Multimídia: Bruno Carneiro e Rafael Frazão.
Imagens: Eryk Rocha, Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Clara Mor e Cibele Forjaz
Montagem de vídeo: João Marcelo Iglesias, Rafael Frazão e Gabriela Carneiro da Cunha
Montagem textual: Gabriela Carneiro da Cunha e João Marcelo Iglesias
Desenho sonoro: Felipe Storino e Bruno Carneiro
Figurinos: Carla Ferraz
Iluminação: Cibele Forjaz
Concepção instalativa: Carla Ferraz e Gabriela Carneiro da Cunha
Realização instalativa: Carla Ferraz, Cabeção e Ciro Schou
Design Visual: Rodrigo Barja
Trabalho Corporal: Paulo Mantuano e Mafalda Pequenino
Pesquisadores: Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Cibele Forjaz, Clara Mor, Dinah De Oliveira, Eliane Brum, Sonia Sobral, Mafalda Pequenino e Eryk Rocha
Diretora de Produção: Gabriela Gonçalves
Co-produção: Mitsp - Festival Internacional de Teatro de São Paulo e Festival FarOFFa
Produção: Corpo Rastreado e Aruac Filmes
Difusão: Corpo a Fora
Curriculum - Show
2022
CANADÁ
FESTIVAL TRANSÁMERIQUE - Montreal
NETHERLANDS
HOLLAND FESTIVAL - Amsterdam
7-8/06
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PAFFF - Leeuwarden
FRANCE
IN EXTREMIS, THÉÂTRE GARONNE - Toulouse
Latitudes Contemporaines - Lille
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ITALY
Campania Teatro Festival - Napoli
Santarcangelo Festival - Santarcangelo di Romagna
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2021
GERMANY
Kampnagel - Hamburg
AUSTRIA
Wiener Festwochen
FRANCE
Portrait Lia Rodrigues, Festival d'Automne à Paris at Théâtre de la Ville
Passages - Metz
Festival Actoral - Marseille
PORTUGAL
Encontro Mexe - Porto
Alkantara Festival - Lisboa
FINLAND
Baltic Circle - Helsinki
SWITZERLAND
Culturescapes - Bellinzona
Kaserne Glôbale - in collaboration with Festival Culturescapes - Basel
TAPAJÓS
Tapajós é uma performance nascida da escuta do testemunho do rio Tapajós sobre a contaminação de suas águas pelo mercúrio proveniente do garimpo de ouro ilegal. Essa é a terceira parte do Projeto Margens sobre rios, buiúnas e vagalumes conduzido há mais de 10 anos pela artista Gabriela Carneiro da Cunha. A performance emerge de uma aliança multiespécie entre mães - mães da região do Tapajós, mães Munduruku, mães do Sairé, a mãe do peixe, a mãe da floresta, e, por fim, a Mãe do Rio - propondo que todo corpo pode ser habitado por uma mãe. Não se trata apenas de conceber, mas de criar e sustentar a vida. Gabriela segue desenvolvendo sua linguagem artística alimentada pela escuta profunda dos rios amazônicos, pela investigação das fronteiras entre ritual e performance, pela participação ativa do público e pela conexão simbólica entre o mercúrio que revela o ouro na água e o processo fotográfico - com o teatro transformado em laboratório.
Ficha Técnica
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Concepção e Direção: Gabriela Carneiro da Cunha e o Rio Tapajós
Com: Gabriela Carneiro da Cunha e Mafalda Pequenino
Criação em Processo: Sofia Tomic, João Freddi, Vicente Otávio, Mafalda Pequenino, Gabriela Carneiro da Cunha
Assistência de Direção: Sofia Tomic
Fotografia: Gabriela Carneiro da Cunha, Vicente Otávio, João Freddi
Técnica Fotográfica: João Freddi, Vicente Otávio
Edição de Imagem: Gabriela Carneiro da Cunha, João Freddi, Marina Schiesari, Sofia Tomic, Vicente Otávio
Edição de Texto: Manoela Cezar, Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Sofia Tomic
Dramaturgia: Alessandra Korap, Maria Leusa Munduruku, Ediene Munduruku, Cacica Isaura Munduruku, Ana Carolina Alfinito, Paulo Basta, Julia Ferreira Corrêa, Rosana Farias Mascarenhas, Dalva de Jesus Vieira, Osmar Vieira de Oliveira, Celiney Eulália de Oliveira Lobato, Rodrigo Oliveira, Mauricio Torres, Eric Jennings
Tradução Munduruku–Português: Honesio Dace Munduruku
Direção Técnica: Jimmy Wong
Iluminação: Jimmy Wong
Assistente de Iluminação: Matheus Espessoto
Som: Felipe Storino
Técnica de Som e Criação Multimídia: Bruno Carneiro
Figurino: Sio Duhi
Cenografia: Sofia Tomic, Ciro Schu, Jimmy Wong
Cenografia da Exposição: Marina Schiesari
Consultoria: Raimunda Gomes da Silva, Dinah de Oliveira, Tomás Ribas
Apoio e Parcerias: Associação Fotoativa, Clube do Analógico
Produção Associada: Associação de Mulheres Munduruku WakoborÅ©n, Associação Sairé
Produção Territorial: Carolina Ribas
Produção: Ariane Cuminale, Yara Ktaish
Produção Geral: Gabi Gonçalves
Empresas Produtoras: Corpo Rastreado, Aruac Filmes, Théâtre Vidy-Lausanne, Projeto Margens
Distribuição na Europa: Théâtre Vidy-Lausanne
Co-produção: Wiener Festwochen | República Livre de Viena, Festival de Outono em Paris, Les Spectacles vivants – Centre Pompidou (Paris), Halles de Schaerbeek, Kunstenfestivaldesarts (Bruxelas), La rose des vents – palco nacional Lille Métropole – Villeneuve d’Ascq / Festival Next, Théâtre Garonne (Toulouse), Festival Internacional de Verão Kampnagel
Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento: Manchester International Festival


