Cristian Duarte
O coreógrafo Cristian Duarte é um artista paulistano que atua profissionalmente há mais de 25 anos. Sua formação inclui o Estúdio e Cia Nova Dança em São Paulo e graduação na P.A.R.T.S. (Performing Arts, Research and Training Studios) em Bruxelas. Sua prática artística tem sido marcada pela criação de contextos para experimentação e formação em dança como APT?, DESABA, LOTE e Z0NA. Tem sido convidado por importantes instituições de ensino como DDSKS (Copenhagen), P.A.R.T.S. (Bruxelas), plataforma SICW – Seoul International Choreography Workshop (Seul), DOCH/SKH – Stockholm University of the Arts (Estocolmo), UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Natal/Br), Arizona State University – ASU The Design School (Arizona/US). Coreografou para Transitions Dance Company no Laban Center (Londres) e para o Cullberg Ballet (Estocolmo).
Sua produção tem sido reconhecida pelos principais prêmios de dança no Brasil e apresentada internacionalmente em países como Alemanha, Argentina, Bélgica, Chile, Cingapura, Espanha, Holanda, França, Inglaterra, Portugal, Uruguay e Suécia. Foi um dos curadores das Ações Artísticas da Bienal Sesc de Dança 2019. Com 5 prêmios APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), entre seus trabalhos estão: E nunca as minhas mãos estão vazias (2023), Despedançada (uma site específica/2021), < play : (Audiovisual/2021), O que realmente está acontecendo quando algo acontece? (2017), Ó (2016), Against the Current, Glow para o Cullberg Ballet de Estocolmo (2015), Biomashup (2014), Jamzz (2012), The Hot One Hundred Choreographers (2011) e Médelei – eu sou brasileiro (etc) e não existo nunca (2006).
E NUNCA AS MINHAS MÃOS ESTÃO VAZIAS
Uma produção de Cristian Duarte em companhia
SINOPSE
Tocar em pedaços de memória e fazer renascer arranjos e sensações para delirar a vida diante de uma realidade insuportável. É com essa tensão que a dança proposta nesta criação se envolve, visando provocar uma experiência coletiva impulsionada por tudo que nos compõe e nos comove, com muitos arranjos possíveis do co- e do mover, com vontades de relembrar na pele e na imaginação que somos carne cheia de sangue que sonha, que ri e que chora.
Será que algum dia perderemos a capacidade de nos emocionar?
RELEASE
E nunca as minhas mãos estão vazias é o título da nova produção de Cristian Duarte em companhia.
O título veio da cantora Maria Bethânia declamando a poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen: "Apesar das ruínas e da morte/ Onde sempre acabou cada ilusão/ A força dos meus sonhos é tão forte/ Que de tudo renasce a exaltação/ E nunca as minhas mãos ficam vazias." E é nessa realidade ainda em meio a guerras, devastação e desigualdades em diferentes esferas e escalas, que a dança se materializa. A concentração na modulação de tônus do corpo e do espaço-tempo, especificidade de quem dança, faz a matéria-movimento desorientar qualquer linearidade e dá forma para incontáveis construções, desconstruções e reconstruções. A insistência em sentidos táteis e cinéticos, a fusão de gestos e camadas de som transformam narrativas predefinidas, dando lugar, com nitidez, para um novo poema, apesar de várias e tantas mortes, existe fresta, afirmação em movimento, sim, nascentes, ainda há vida.
​As nove artistas que compõem o elenco: Aline Bonamin, Allyson Amaral, Andrea Rosa Sá, Danielli Mendes, Felipe Stocco, Gabriel Fernandez Tolgyesi, Leandro Berton, Maurício Alves e Paulo Carpino mergulham em seus repertórios físico-afetivos, trazendo para a superfície de contato pedaços de expressões, gestos e movimentos para serem devorados coletivamente.