
Grupo Cena 11 de Dança
O GRUPO CENA 11 CIA. DE DANÇA desenvolve e compartilha ferramentas técnicas fundamentadas nas relações entre corpo, ambiente, sujeito e objeto como variáveis de um mesmo sistema vivo que existe enquanto dança. Seus projetos de pesquisa e formação confluem teoria e prática no entendimento de dança e atravessam as definições de corpo tratando tecnologia como extensão e expansão do corpo propriamente dito. A Companhia, dirigida por Alejandro Ahmed, surgiu e é radicada na cidade de Florianópolis - SC e atua desde 1995 na produção artística de dança tendo se tornado referência nacional e internacional da área. Um núcleo de criação com formação em várias áreas compõe a base para uma produção artística em que a ideia precisa ganhar expansão num corpo e se organizar como dança. O grupo propõe através de um elenco estável a organização coletiva através das singularidades do elenco
Matéria Escura



"Matéria Escura" tinha sua data de estreia para Abril de 2020.
Seus fundamentos artísticos se amparam na detecção de uma força através dos sintomas que esta força acusa nos corpos atravessados por ela. Um corpo invisível, que vincula à aparência dos seus efeitos de presença em outras matérias para manifestar sua existência.
É também um nome próprio. Um vestígio de Futuro. Um devir de Passado.
Situa também a possibilidade de coreografia como uma matéria invisível, como uma possibilidade sintática de matérias assimétricas.
Nos últimos 13 meses mergulhamos no "Matéria Escura" através do "Futuro Fantasma", projeto que é desvio e expansão, o tempo presente do Cena 11. Desde março de 2020 o grupo vem desenvolvendo uma forma de incorporar o trânsito entre presença e telepresença. Um novo corpo em estufa para outro "Matéria Escura". Um exílio ativo num Brasil à deriva. A prática de relações entre mudança, risco e imunidade na investigação artística de um corpo biopolítico.
No atual processo, ferramentas novas correlacionam presença, virtualidade, arquivos, memória, e toda espécie de transdução que escorre destes contatos.
Um movimento contínuo multidirecional a integrar ações de texto, áudio, vídeo, temporalidades e espacialidades através dos corpos que tornam acessíveis a manifestação e o atravessamento da vida das coisas, no acontecer do movimento.
A dança como instrumento para transduzir comportamentos cinéticos em sintaxes bio culturais.
Corpo Sintoma
Na escuridão tudo é engolido?
Na distração dos olhos, o que não conseguimos ver?
Na atenção à integração dos sentidos é possível mapear o ponto cego da presença?
É possível na irreversibilidade da vida nossos corpos se multiplicarem em temporalidades e espacialidades para dar continuidade ao movimento do estar vivo?
Extinção é uma aparência.
Oportunidade feita de aparência.
Tudo se move até o fim.
Ficha Técnica
Criação, coreografia e performance: Alejandro Ahmed, Aline Blasius, Bianca Vieira, João Peralta, Karin Serafin, Kitty Katt, Luana Leite, Malu Rabelo, Natascha Zacheo.
Operação e Criações em vídeo e som: Alejandro Ahmed e João Peralta.
Direção Técnica: Grupo Cena 11.
Interlocução para iluminação: Irani Apolinário e Rafael Luiz Apolinário
Técnico de som e transmissão: Eduardo Serafin.
Direção de Produção: Karin Serafin.
Assistência de Produção: Malu Rabelo.
Assistência de direção de movimento: Aline Blasius.
Assistência cenotécnica: Adilso Machado.
Equipe de Produção, mídias sociais e Projeto: Aline Blasius, Bianca Vieira, Kitty Katt, Luana Leite, e Natascha Zacheo.
Peças Gráficas: Luana Leite
Fotografias: Cristiano Prim e Karin Serafin
Tradução: Kitty Katt.
Preparação técnica: Aline Blasius, Kitty Katt e Alejandro Ahmed
Desenvolvimento técnico-artístico para Matéria Escura 2019/2020 e Teaser para Futuro Fantasma 2020: Hedra Rockenback
Criação e programação de objetos, instrumentos, e mecanismos para “Matéria Escura”: Diego de los Campos.
Fúrias: 5 estruturas feitas com galhos de árvores. animadas por motores, vibram se deslocando ruidosamente pelo chão.
Água nervosa: Uma válvula solenóide controlada por Arduino instalada na base de um recipiente de vidro, faz uma gota cair sobre um captador de som.
Besta: Sintetizador feito com Arduino usando a biblioteca Mozzi que tem 5 potenciômetros que regulam a frequência de 2 osciladores, pitch, nota e ruído.
Sampler: Arquivos de áudio de frases usadas no espetáculo são controladas em sua duração, velocidade de reprodução (pitch), começo e final.
Baixolata: Uma lata de tinta de 3.6 litros funciona como caixa de ressonância de um baixo de uma corda só.
Plantas para cenografia: Karin Serafin
Textos: Grupo Cena 11
Interlocução técnico - artística para criação de vídeos “Matéria Escura”: PACT-UFSC ( João Peralta, Rodrigo Garcez, Thiago R. Passos ).
Operação de câmera "Matéria Escura": Karin Serafin e João Peralta
Operações de drone: Alex Costa
Co-produção: Mousonturm, Tanzhaus NRW, PANORAMA RAFT, Instituto Goethe, Gabi Gonçalves, Corpo Rastreado - São Paulo, Something Great - Berlin.
Apoio: Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura ⁄ Edição 2019.
Sede e preparação técnica: Jurerê Sports Center (JUSC).
Concepção, Direção e Coreografia: Alejandro Ahmed.